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FOLHAS E ERVAS DOS ORIXÁS

Posted by Raquelcain.

FOLHAS E ERVAS SAGRADAS DOS ORIXÁS

Folhas e Ervas são a base de praticamente tudo que nos cerca.

Na Umbanda é o sangue vegetal que na forma de banhos nos purifica e consagra.

Quem for banhado por elas espanta os males físicos e espirituais.

As ervas possuem vasto uso, nos rituais são muito utilizadas em homenagens, invocando sua proteção para que os atos litúrgicos sejam bem encaminhados. Enfim, seu uso é primordial, pois nada acontece sem folhas.

Um dos grandes mistérios em quase todos os ramos da Magia em todo o mundo é a utilização das plantas, raízes e sementes das ervas mais variadas. São usadas tanto em forma de defumações para os Deuses quanto para banhos purificadores, protetores e de cura.

A seguir citaremos algumas das ervas mais usadas na Umbanda e o Orixá pertencente:

OXALÁ

Levante

Erva Cidreira

Alecrim, Hortelã

Boldo, – algodoeeiro
– colônia, – girassol
– funcho
– malva cheirosa

YEMANJÁ

 

Unha de vaca

fls de Lágrimas de Nossa Senhora

Mastruço, Chapéu de couro

Jasmim, anis

– erva de Santa Luzia
– pata de vaca, – hortelã
– alfazema, – lavanda

FALANGE DAS CRIANÇAS

 

Amoreira, Alfazema

– groselheira
– hortelã
– rosa branca
– alecrim, – laranjeira
– manjericão
– sálvia

OXUM

– alfavaca, – arnica
– calêndula,  camomila
– erva cidreira
– ipê amarelo, – gengibre, rosa branca e amarela

 

OXOSSI

– carapiá ou contra erva
– salgueiro chorão
– jurema, – eucalipto
-alecrim do campo
– guiné caboclo, – samambaia
– pariparoba, – alfavaca

 

YANSÃ

– amor agarradinho
– bambu, – dormideira
– romã, – espada de Iansã
– louro, – manjericão
pitangueira, – alfazema

 

XANGO

Café (Folhas)

Mangueira (Folhas)

Erva de São João

– alfavaca roxa
– flamboyant, – manjerona
– hortelã, – levante
– cipó mil-homens
– mentrasto, nega mina

OGUM

Flecha de Ogum,

Erva de Bicho (Folha de Jurupitã)

– vence tudo – abre caminho
-aroeira, -pinhão roxo
– carqueja, – pata de vaca
– agrião, -losna, -jatobá
– espada de São Jorge

PRETOS VELHOS

Guiné

Eucalipto

Arruda

– manjerona

– pinhão roxo

EXU

Mamona, carqueja,

picão preto, unha de gato, arruda, comigo ninguém pode, beladona, cactus, cana de açúcar, mangueira, pimenta da costa, urtiga

pinhão roxo,  chorão

OMULU OU OBALUAIÊ
– alfavaca roxa
– agapanto lilás
– babosa
– fruta de pomba
– mostarda, – mamona
– gervão, – velame
– canela de velho 

NANà
– alfavaca, – assa peixe
– erva cidreira
– cipreste, – avenca
– manacá, – quaresmeira
– pinhão roxo
– crisântemos roxos
– oriri

 

 

 

ERVAS MAIS USADAS NA UMBANDA

 

  • Alecrim – Pertence a Oxalá. Entra em qualquer obrigação de cabeça dos filhos de qualquer orixá. Bastante emprego nos rituais de defumação, banho de descarrego. É parte indispensável do ‘abo’. Eficiente destruidor de larvas astrais. O Chá é empregado para combater tosses e broquites com sucesso.

  • Arruda – Planta de odor bem forte que pertence a Oxóssi e Exu. Muita usada contra maus fluídos, inveja, olho-grande, e para benzimentos. A variedade do orixá Oxóssi, com folhas miúdas; aplica-se nos bori, lavagem de contas (guias), e banhos de limpeza ou descarrego. O uso medicinal é contra verminoses e reumatismo emchás, e o sumo aplica-se para reduzir feridas.

  • Bambú – Pertence a Yansã e Egun. Muito aplicada como enfeite nas casas de Egun nas festas. Poderoso defumador contra larvas astrais, fazendo mistura com palha ou bagaço de cana. Excelente banho contra perseguição de obsessores ou maus espíritos. Na medicina popular é utilizado nas diarréias e pertubações do estomago.

  • Camomila – Pertence a Oxalá e Oxum. Aplicação em banhos de descarrego e no “abo”. Na medicina popular tem larga utilização em chás reguladores dos intestinos; estimula o apetite.

  • Cana-de-Açucar – Pertence a Exú. Planta muito importante nos rituais. Seja o bagaço ou o produto, o açucar, são amplamente utilizadas em defumações para melhoria das condições financeiras, misturando com pó de café virgem, cravo-da-índia, e canela em pó.

  • Girassol – Pertence a Oxalá. Utiliza-se em qualquer obrigação de cabeça, no ‘abo’ e banhos de descarrego. Tem muito prestígio em defumações pois é poderoso anulador de fluidos negativos edestruidora de larvas astrais. Nas defumações usa-se as folhas e nos banhoscolocam-se também as pétalas colhidas antes do nascer do sol.

  • Romã – Erva Sagrada pertencente a Yansã. As folhas são utilizadas em banhos de descarrego. A medicina popular emprega o cozimento das cascas dos frutos para o combate de vermes e o mesmo cozimento para gargarejos nas inflamações de garganta e da boca.

 

ORIXÁS E SUAS ERVAS

Oxalá: Tapete de Oxalá (boldo), algodão, arnica da horta, alecrim, folhas e ramos de palmeiras, folhas de laranjeira, hortelã, erva cidreira, rama de leite, malva branca, saião branco, folha da costa, rosa branca, louro, manjerona, manacá, macaça, erva doce;

Oxossi: Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba, sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo, são gonçalinho, Louro, cabelo de milho, eucalipto, manjericão, samambaia;

Ogum: Espada de São Jorge, crista de galo, folhas de mangueira, Taioba, Cipó chumbo, Palmeira de dendezeiro (Mariwo), abre caminho, alfavaquinha, arnica, aroeira, capim limão, carqueja, dandá da costa, erva tostão, eucalipto, jaboticabeira, losna, pau rosa, peregum, porangaba, são gonçalinho, jatobá;

Xangô: Folha da costa, matamba, betis cheiroso, levante, folha de fogo, cerejeira, figueira branca, amoreira, ameixeira, espada de Santa Bárbara, Comigo ninguém pode, cipó mil homens, folhas de café, folha de manga, Guiné, arruda, limoeiro, umbaúba, vence demanda, urucum, pessegueira, pau pereira, para raio, noz moscada, nega mina, mutamba, mulungu, manjericão, malva cheirosa, jaqueira, folha da fortuna, folha da costa, fedegoso, erva tostão, erva de são João, cavalinha;

Iemanjá: Jarrinha, Rama de leite, cana do brejo, betis cheiroso, algas marinhas, alfavaquinha,flores branca de qualquer espécie, aguapé, camélia, folha da costa, jasmim, lagrima de nossa senhora, macaça, malva branca, taioba branca;

Oxum: Folha de vintém, folha da fortuna, malva, dracena, rama de leite, malva rosa, narciso, flores de tonalidade amarela, lírios de toda espécie, margaridas, flor de maio, amor perfeito, madressilva, quioco, oriri, mutamba, melissa, macaça, ipê amarelo, folha da costa, erva de santa Maria, erva de santa luzia, colônia, camomila, assa peixe, aguapé;

Iansã: Erva santa, umbaúba, folhas de bambu, folha de fogo, capeba, perientária, bredo sem espinho, malmequer branco, dormideira, espada de santa bárbara, flores amarelas ou coral, dracena, papoula, gerânio, erva de passarinho, erva tostão, guiné, jaborandi, louro, malva rosa, nega mina, peregum, pinhão roxo;

Nanã: Alfavaca roxa, assa peixe, avenca, cana do brejo, capeba, cedrinho, cipreste, erva de passarinho, jarrinha, manacá, Maria preta, mutamba, quaresmeira, rama de leite;

Omulu/Obaluaê: Zínia, folhas de laranja lima, folhas de milho, barba de velho, vassoura preta, velame, sete sangrias, sabugueiro, musgo, manjerona, mamona, espinheira santa, carobinha do campo, assa peixe;

Exu: Abranda fogo, mamona, carqueja, picão preto, unha de gato, arruda, comigo ninguém pode, arrebenta cavalo, azevinho, bardana, beladona, cactus, cana de açúcar, cansação, catingueira, corredeira, figueira preta, folha da fortuna, garra do diabo, mangueira, pau d’alho, pau santo, pimenta da costa, pinhão roxo, urtiga, chorão;

As 7 linha: Geralmente usam todas as ervas não existindo uma em especial.

 

CLASSIFICAÇÃO DAS ERVAS:

 Ervas Calmas: Boldo, erva doce, erva cidreira, alecrim do campo, camomila, capim santo, malva branca, malva cheirosa, erva de santa Maria, erva de santa luzia, jasmim, colônia, macaça, aguapé, alfazema, melissa, capim cidrão, folha de maracujá, manjericão, etc…

Ervas fortes: Arruda, guiné, espada São Jorge, espada de Santa Bárbara, carqueja, aroeira, comigo ninguém pode, peregum, nega mina, umbaúba, mamona, picão branco, eucalipto, pinhão roxo, bambuzinho, taioba, lança de Ogum, espada de Ogum, folha de fumo, etc…

Ervas bravas: Barba maldita (cipó azougue), unha de gato, comigo ninguém pode, coroa de cristo, mamona, picão preto, urtiga, chorão, folha de limão, folha de seringueira, etc…

Obs.: A combinação das ervas, deve ser feita de acordo com a necessidade, não há mistério, desde que conheçamos as ervas e sua classificação e ainda os Orixás, por exemplo: banho de abre caminho deve-se usar ervas fortes combinadas com Orixás de abre caminho. Ervas bravas de preferência devem ser usadas apenas como bate folha (descarrego) na matéria ou em lugares.

BANHOS DE ERVAS

Arnica – afasta a negatividade

Abre Caminho – novas forças

Alecrim – clareza mental

Arruda – proteção

Anis Estrelado – aumenta a auto-estima

Água-de-arroz – calmante

Alfazema – mudança

Camomila – limpeza (bactericida)

Canela – limpeza, força e prosperidade

Cravo da Índia – estimulante

Erva doce – boas energias

Espada de São Jorge – proteção

Folhas de Manga – prosperidade

Folhas de Louro – prosperidade

Fumo – proteção

Flor de sabugueiro – calmante

Guiné – proteção e força

Girassol (sementes) – acelera as mudanças

Hortelã – aceitação

Levante – força, melhorar a auto-estima

Losna – corta a negatividade (raivas)

Macela – calmante (bom para insônia)

Manjericão – equilíbrio, renova as células do organismo

Pitanga (folhas) – melhora a circulação

Rosas brancas – limpeza

Rosas vermelhas – energia

Banhos Específicos:

Descarrego:

– 3 galhos de arruda

– 3 galhos de guiné

– 3 galhos de alecrim

– 1 espada de São Jorge

Abre Caminho:

– 7 folhas de loro

– 7 galhos de manjericão

– 7 cravos da india

– 7 sementes de girassol

ERVAS PARA AFASTAR MAUS ESPÍRITOS  –   São usadas para fazer Sacudimentos de Pessoas e Ambientes como: Losna; Cipó; Comigo-Ninguém-Pode; Fumo; Alho; Crisântemo; Bananeira; Abre-Caminhos; Espada de São Jorge; Pinhão Roxo; Guiné; Mamona, entre outras.

ERVAS PARA AMULETO – Usadas com a finalidade de Proteção e Segurança, são as seguintes: Alfavaca ou Manjericão; Guiné; Arruda; Indirí; Alecrim; Canela Preta; Espada de São Jorge, entre outras.

  Fontes: www.raizdecaboclo.webnode.com,  www.tefl.com.b, UMBANDA - A CAMINHO DA

 

 

Os banhos de ervas da Umbanda

Vamos conhecer hoje os principais banhos de ervas da Umbanda, para qualquer interessado em manter limpas as energias espirituais ao seu redor em equilíbrio.

Principais banhos feitos na Umbanda

Banhos de ervas não são exclusividade nos terreiros de Umbanda e Candomblé, de modo geral, temos banhos de todos os tipos ligados a diversas visões religiosas.

A troca de energia com os elementos da natureza é feita a todo momento, mas num mundo tão urbanizado, lançar mão deste recurso pode ser um atalho e um método fortificador de se alcançar algum equilíbrio.

Nós, da Umbanda, temos vários tipos de conhecimentos, portanto, banhos diversos, que devem ser feitos sob orientações corretas e cada um para sua finalidade específica. Os mais comuns são o banho de descarrego, banho de proteção ou defesa, banho de energização ou re-energização.

Funções dos banhos de ervas da Umbanda

É claro que os nomes variam de lugar para outro em que se busca, mas o mais importante continua sendo a finalidade verdadeira e a intenção no coração de quem toma os banhos de ervas da umbanda.

  • O banho de descarrego costuma ser o mais procurado e o primeiro a ser tomado. É, essencialmente, um banho de limpeza espiritual e, assim como um banho comum, leva consigo a sujeira, mas também os elementos benéficos, e não descarrega apenas as energias negativas. Este é um banho de descarrego completo!

  • O banho de energização convém para aqueles que tiveram a necessidade de um descarrego mais poderoso e poderia ser chamado de “banho de recarrego”, já que sua função é reestabelecer as energias positivas que foram embora no descarrego ou pelo simples desgaste cotidiano. Seria comparável a passar um hidratante após o banho pois os óleos naturais e benéficos à pele se foram junto com a sujeira. Veja exemplo desse banho aqui.

  • O banho de proteção tem, obviamente, o propósito de manter os chacras protegidos após a limpeza, é semelhante a usar um protetor solar para sair pelas ruas pois estaremos expostos, novamente, a todo tipo de impureza.

Há ainda alguns banhos reservados a médiuns e iniciados na Umbanda ou mesmo em outras religiões, mas para todos, médiuns ou não, iniciados ou leigos, recomenda-se os banhos com elementos naturais e essências como foram falados acima.

A saúde do espírito é tão valiosa quanto a do corpo, porém exige maior atenção, só porque muitas vezes é negligenciada, mas é o equilíbrio e o cuidado com os dois lados da existência que traz o verdadeiro bem-estar.

 

 

SSAIN (ÒSANYÌN) 

Òsanyìn na África 

Ossain é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do àse ( o poder ), imprescindível até mesmo aos próprios deuses. 
O nome das plantas, a sua utilização e as palavras (ofo), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto aos deuses iorubás. 
O símbolo de Ossain é uma haste de ferro, tendo, na extremidade superior, um pássaro em ferro forjado; esta mesma haste é cercada por seis outras dirigidas em leque para o alto. 
Uma história de Ifá nos ensina como "o pássaro é a representação do poder de Ossain. É o seu mensageiro que vai a toda parte, volta e se empoleira sobre a cabeça de Ossain para lhe fazer o seu relato". Esse simbolismo do pássaro é bem conhecido das feiticeiras, aquelas freqüentemente chamada Elýe, "proprietárias do pássaro-poder". 
Cada divindade tem as suas ervas e folhas particulares, dotadas de virtudes, de acordo com a personalidade do deus. Lydia Cabrera publicou uma lenda interessante, difundida em cuba, sobre a repartição das folhas entre as diversas divindades. 
"Ossain havia recebido de Oloduramaré o segredo das ervas. Estas eram de sua propriedade e ele não as dava a ninguém, até o dia em que Xangô se queixou à sua mulher, Oiá-Iansã, senhora dos ventos, de que somente Ossain conhecia o segredo de cada uma dessas folhas e que os outros deuses estavam no mundo sem possuir nenhuma planta. Oiá levantou suas saias e agitou-as impetuosamente. Um vento violento começou a soprar. Ossain guardava o segredo das ervas numa cabaça pendurada num galho de árvore. Quando viu que o vento havia soltado a cabaça e que esta tinha se quebrado ao bater no chão, ele gritou: "Ewé O! Ewé O!" (" Oh! As folhas! Oh! As folhas!"), mas não pôde impedir que os deuses as pegassem e as repartissem entre si ". 
A colheita das folhas deve ser feita com extremo cuidado, sempre em lugar selvagem, onde as plantas crescem livremente. Aquelas cultivadas nos jardins devem ser desprezadas porque Ossain vive na floresta, em companhia de Àrònì, um anãozinho, comparável ao saci-pererê, que tem uma única perna e, segundo se diz no Brasil, fuma permanentemente um cachimbo feito de casca de caracol enfiado num talo oco cheio de suas folhas favoritas. Por causa dessa união com Àrònì, Ossain é saudado com a seguinte frase: "Holá! Proprietário-de-uma-única-perna-que-come-o-proprietário-de-duas-pernas!" alusão às oferendas de galos e pombos que possuem duas patas, feitas a Ossain Àrònì, que possui apenas uma perna. 
Os Olóòsanyìn, adeptos de Ossain, são também chamados Oníìsègùn, curandeiros, em virtude de suas atividades no domínio das plantas medicinais. Quando eles vão colher as plantas para seus trabalhos, devem faze-lo em estado de pureza, abstendo-se de relações sexuais na noite precedente, e indo à floresta, durante a madrugada, sem dirigir palavra a ninguém. Além disso, devem ter cuidado em deixar no chão uma oferenda em dinheiro, logo que cheguem ao local da colheita. 
Ossain está estreitamente ligado a Orunmilá, o senhor das adivinhações. Estas relações, hoje cordiais e de franca colaboração, atravessaram no passado períodos de rivalidade. Algumas lendas refletem as lutas pela primazia e pelo prestígio entre os adivinhos babalaôs e os curandeiros onixegum. Como essas histórias são transmitidas através das gerações pelos babalaôs, não é de estranhar que tendam a glorificar mais Orunmilá, e em conseqüência eles mesmos, do que Ossain e os curandeiros. 
Segundo uma lenda recolhida por Bernard Maupoil, "quando Orunmilá veio ao mundo, pediu um escravo para lavrar seu campo; compraram-lhe um no mercado; era Ossain. Na hora de começar seu trabalho, Ossain percebeu que ia cortar esta erva, pois é muito útil". A segunda curava dores de cabeça. Recusou-se também a destruí-la. A terceira suprimia as cólicas."Na vedade", disse ele, não posso arrancar ervas tão necessárias." Orunmilá, tomando conhecimento da conduta de seu escravo, demonstrou desejo de ver essas ervas, que ele se recusava a cortar e que tinha grande valor, pois contribuíam para manter o corpo em boa saúde. Decidiu, então, que Ossain ficaria perto dele para explicar-lhe as virtudes das plantas, das folhas e das ervas, mantendo-o sempre ao seu lado na hora das consultas". 
Uma outra história de Ifá nos diz que,se é Ossain que conhece o uso medicinal das plantas, é, entretanto, a Orunmilá que cabe o mérito de haver conferido nomes a essas mesmas plantas. Os poderes de cada planta de cada estão em estreita ligação com o seu nome e são despertados por palavras obrigatoriamente pronunciadas no momento de seu uso. Essas palavras são indicadas pelos adivinhos aos curandeiros, fato este que dá aos primeiros uma posição de supremacia sobre os segundos. 
Essa superioridade é afirmada numa outra lenda, onde "Oferenda", filho de Orunmilá, compete com "Remédio", filho de Ossain. Graças a um artifício imaginado por Orunmilá, seu filho "Oferenda" é declarado vencedor de "Remédio" para mostrar que o poder dos babalaôs é superior ao dos curandeiros. Os babalaôs afirmam assim que, sem o poder liberador da palavra, as plantas não exerceriam a ação curativa que possuem em estado potencial. 
Ossain é originário de Irão, atualmente na Nigéria, perto da fronteira com o ex-Daomé. Ele não fez parte dos dezesseis companheiros de Odùduà, quando de sua chegada a Ifé. O papel de curandeiro é assumido aí por Elésje. 
Na África, os curandeiros, chamados Olóòsanyìn, não entram em transe de possessão. Eles adquirem a ciência do uso das plantas após uma longa aprendizagem. 

Ossain no Novo Mundo 

No Brasil, as pessoas dedicadas a Ossain usam colares de contas verdes e brancas. Sábado é o dia consagrado a ele e as oferendas que lhe são feitas compõem-se de bodes, galos e pombos. Seu iaôs, ao contrário daqueles de África, entram em transe, mas nem sempre possuem conhecimento profundo sobre as virtudes das plantas. Quando eles dançam, trazem nas mãos o mesmo símbolo de ferro forjado, cuja descrição já foi feita anteriormente. O ritmo dos cantos e das danças de Ossain é particularmente rápido, saltitante e ofegante. Saúda-se o deus das folhas e das ervas gritando-se: " Ewé Ô! " ("Oh! As folhas!"). 

Aquétipo

O arquétipo de Ossain é o das pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções. Daquelas que não deixam suas simpatias e antipatias intervirem nas suas decisões ou influenciarem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. É o arquétipo dos indivíduos cuja extraordinária reserva de energia criadora e resistência passiva ajuda-os a atingir os objetivos que fixaram. Daqueles que não tem uma concepção estreita e um sentido convencional da moral e da justiça. Enfim, daquelas pessoas cujos julgamentos sobre os homens e as coisas são menos fundados sobre as noções de bem e de mal do que sobre as de eficiência

 

 

Banho para  Cigano:

> Folha e flor de laranjeira, Violeta, Cravo vermelho, Rosas, Cravos, Canela em Pau, Maçã.

Banho para Marinheiros:

> Levante, Cravo da india, Hortelã, Manjericão, Boldo, Losna, Carqueija, Salsão.

Banho para Baianos:

> Folha de coqueiro, Folha de caju, Um coco verde, Folha de laranja, Erva cidreira, Coentro.

Banho para Boiadeiros:

> Alecrim do campo, Capim manteiga ou gordura, Cravo da india, Folha de manga, Chapel de couro, Olho de boi, Babosa, Espada de São Jorge.

Banho para Eres:

> Levante, Verbena, Rosas cor de rosa, Juncho, Erva doce, Guarana ( 1 copo ), Alecrim, Trevo, Folha de anil, Alfazema.

Banho para Preto Velho:

> Guine, Arruda, Alecrim, Lagrima de nossa senhora, Malva, Pau d’ agua, Café.

Banho para Pomba Gira:

> Rosa vermelha, Brinco de princesa, Patchuli – semente, Maçã, Dama da noite, Canela em pau, Orquidea

 

 

1- Banho para limpar e purificar o corpo astral do médium, para sua melhor adaptação para o magnetismo mediúnico.
> Guiné, arruda, casca de alho, jurema preta, folha de pitanga, alecrim, e manjericão.
Banho da cabeça aos pés antes de escurecer durante 3 dias anteriores dos trabalho espirituais.

2- Banho para facilitar a conexão com o astral espiritual e fortalecimento da Coroa mediúnica.
> Alfazema, rosa branca, anis estrelado, flor de jasmim.
Banho da cabeça aos pés antes de dormir.

3- Banho de Gira (Antes de todos os Trabalhos Espirituais)
> Cipó caboclo, cipó prata, erva de Santa Luzia, Artemísia, alfazema, rosa branca e anis estrelado.
Tomar esse banho após tomar o banho de Descarrego.

 

 

Banho para atrair energia cigana


* 1 litro de água mineral
* 7 cravos da índia
* 7 pedaços de canela em pau
* 1 girassol, utilizar somente as petalas
* 1 pouco de mel
* 7 folhas de louro
* 7 sementes de anis estrelado
* 7 punhados de erva doce

 

Modo de preparo:
Ferva a água em um recipiente de preferência não metálico. Logo após a água levantar fervura, desligue e acrescente as ervas escolhidas, sendo sempre em números impares.

Tome esse banho após seu banho de higiene do pescoço para baixo, sempre que precisar de energia Cigana ou antes de um trabalho espiritual dessa linha.

Após utiliza- lo pegar o que sobrou das ervas e depositar em um jardim florido.

 

 

 

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